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Série Melhores trabalhos V Coesa: Práticas didáticas alternativas em Epidemiologia para alunos de nível técnico

PREMIAÇÃO EM TEMAS LIVRES

Categoria: Ensino

Área Temática: Educação em saúde

Título do Trabalho: PRÁTICAS DIDÁTICAS ALTERNATIVAS EM EPIDEMIOLOGIA PARA ALUNOS DE NÍVEL TÉCNICO

Autores: Erian de Almeida Santos1 e Alison Ramos da Silva1

Instituição: 1Universidade Federal do Pará (UFPA)

  • Publicado: Quarta, 11 de Janeiro de 2017, 08h42

Nos dias 08 a 11 de novembro de 2016, ocorreu o V Congresso de Educação em Saúde da Amazônia (V COESA), evento promovido pelo Instituto de Ciências da Saúde (ICS) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Este é um evento científico de grande importância para a divulgação e compartilhamento de conhecimento sobre ensino, pesquisa e extensão em saúde principalmente para o contexto amazônico. No último dia de evento houve a apresentação de temas livres escolhidos pela Comissão Organizadora do evento e estes temas foram divididos em categorias de Ensino, Extensão, Pesquisa e Relato de Experiência. Dentre os trabalhos apresentados e premiados na categoria de Ensino, destacou-se o trabalho intitulado “PRÁTICAS DIDÁTICAS ALTERNATIVAS EM EPIDEMIOLOGIA PARA ALUNOS DE NÍVEL TÉCNICO” de autoria de Erian de Almeida Santos e Alison Ramos da Silva (Figura 1), premiado em primeiro lugar em Temas Livres na categoria Ensino.

Figura 1

O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho dos alunos por meio de práticas didáticas de baixo custo sobre assuntos relacionados à Epidemiologia para o nível técnico do curso de Agentes de Combate às Endemias (ACE) em um Instituto de ensino de Belém do Pará. Um total de quatro atividades foi realizado com o intuito de promover melhor compreensão sobre conceitos de prevenção, tratamento e controle de doenças.

A primeira atividade foi denominada “Cartilha não informativa (?)”. A princípio, o nome desta atividade pode parecer até estranho, porém é isso mesmo! Os alunos tiveram que elaborar uma cartilha com informações intencionalmente incorretas e posteriormente trocar o material produzido para que o outro grupo as corrigisse (Figura 2).

Figura 2

A segunda atividade chamada “Coleta e análise de dados em Vigilância Epidemiológica” demonstrou o processo de coleta de dados de forma hipotética, na qual os alunos tiveram de analisar informações distribuídas em papéis dentro do Instituto e relacionar estes dados coletados para identificar possíveis diferenças nas características epidemiológicas de cada cidade, comparando as informações esperadas com os dados observados na coleta do evento.

A terceira atividade desenvolvida foi o “Jogo da memória” que envolveu pares que seriam uma doença e sua principal característica. Este tipo de prática é acessível às condições financeiras da turma, haja vista que o material para a confecção do jogo foi apenas papel cartão, papel A4, tesoura, cola e canetinha (Figura 3).

Figura 3

A quarta e última atividade foi denominada “Calculando indicadores epidemiológicos”. Foram distribuídos papéis entre os alunos que continham três diferentes mensagens: “Eu morri por tuberculose”, “Estou com tuberculose há semanas” e “Acabei de adoecer por tuberculose”. Os alunos deveriam analisar a população (sala de aula) e verificar quantos estavam doentes, quantos morreram e quantos casos novos da doença foram identificados. Após o levantamento dos dados, cada grupo teve que calcular os indicadores de prevalência, incidência e mortalidade com o número hipotético da população em 100 habitantes.

As avaliações tanto dos alunos quanto das práticas didáticas aplicadas foram muito satisfatórias, auxiliando a aprendizagem e também proporcionando colaboração em equipe. Um fato que deve se levar em consideração é que podiam se matricular alunos a partir do ensino fundamental completo oriundos de escolas públicas que muitas vezes não possuem o conhecimento básico para compreender determinados eixos temáticos que o curso/disciplina exige. Também é conhecido o fato de que a apropriação de informações por parte dos alunos ocorre com maior facilidade diante de atividades práticas quando em comparação com aulas puramente expositivas. Enfatiza-se que a utilização de materiais simples e de baixo custo deve ser incentivada de modo a proporcionar melhorias nas práticas educacionais vigentes e consequentemente uma aprendizagem divertida, dinâmica e eficaz que, apesar de lúdica, possa ser capaz de contribuir com a formação do profissional de saúde.

Referência

SANTOS, E. A.; DA SILVA, A. R. Práticas didáticas alternativas em Epidemiologia para alunos de nível técnico. In: CONGRESSO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE DA AMAZÔNIA, 5., 2016, Belém. Anais ... Belém: Universidade Federal do Pará, 2016, ISSN 2359-084X.

 

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